O auxiliar de analista Braz Alves de Lima, lotado na Secretaria Municipal da Educação, teve um artigo científico selecionado pelo Simpósio de Computação Aplicada 2009, organizado pela Universidade de Passo Fundo (RS).
O evento, que se iniciou na terça-feira (23) e termina nesta sexta-feira (25), marca os 25 anos de criação do curso de ciência da computação na UPF. O tema central é "Computação a serviço do desenvolvimento social e econômico".
"Ferramenta para a Avaliação Multidisciplinar de Softwares Educacionais Livres na Secretaria Municipal da Educação de Curitiba: um estudo de caso" é o artigo levado a Passo Fundo por Braz, que teve as despesas de viagem custeadas pelo ICI.
O trabalho foi escrito em parceria com sua orientadora, Andreia Jesus. É um resumo baseado no seu trabalho de conclusão de curso (TCC) de licenciatura em computação, pela UniBrasil, aprovado em banca, em julho, com nota 10.
Outro artigo de sua autoria, sobre o mesmo assunto, já havia sido apresentado, no começo do mês, na Unioeste (Cascavel), no 1.º Encontro Nacional de Informática e Educação. Na UPF, o novo trabalho está sendo apreciado ao lado de outros do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Criado no Tingui, bairro da Regional Boa Vista, Braz tem 24 anos de idade e sete de ICI, onde ingressou como estagiário do Farol do Saber Antonio Callado, no Conjunto Solar, bairro Bacacheri.
Hoje presta serviços na SME, onde o sistema que criou é adotado para avaliação de softwares educacionais no Departamento de Tecnologia e Difusão Educacional, dirigido por Maria Marilda Confortin Guiraud.
O produto prático de sua pesquisa é o Banco Interativo de Análises de Softwares Educacionais (Biase), que Braz Alves de Lima começou a desenvolver no começo do curso na UniBrasil e serviu de tema para seu trabalho final. "É um sistema web que concentra análises (avaliações) sobre softwares educacionais", resume o pesquisador.
Braz explica que basta o usuário cadastrar o software educacional no Biase para o sistema iniciar uma "conversa", apresentando questões pedagógicas e ergonômicas (legibilidade, agrupamento de itens, consistência, compatibilidade, etc.). O Biase pode ser utilizado também por grupos - pais, professores, alunos, pesquisadores e outros.
Na "conversa", é possível apenas uma resposta para as alternativas "sim", "parcialmente" ou "não (não se aplica)". O Biase, de acordo com Braz, converte as respostas em quantidades, que, por meio de análise heurística (conjunto de métodos que levam à solução de um problema), permitem uma avaliação final das vantagens e desvantagens do software avaliado.
A grande utilidade é a facilidade com que equipes técnico-pedagógicas, que precisam comprar ou desenvolver softwares educacionais, podem utilizar o sistema para avaliar o produto.
O Biase assegura economia de tempo, dinheiro e reduz drasticamente o risco de erro na escolha do software.
O próximo passo de Braz Alves de Lima é aperfeiçoar sua criação para que o sistema "converse" em outros idiomas, inicialmente com versão do português para o inglês e vice-versa.
O Biase está sendo registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), mas o pesquisador não está preocupado com ganhos imediatos. "Já providenciei cessão de uso, sem custos, em favor da Secretaria Municipal da Educação", conta Braz.
"O Biase é um filho bom, que está se desenvolvendo. Quero tê-lo em uso por várias instituições", diz. "Acredito que o sistema poderá ser de grande utilidade para a educação brasileira."
Autor:
Assessoria de Comunicação
Fonte:
ICI